Envolvidos... com a "Magoada"

Esta foi uma sexta mais curtinha, pois a nossa educadora teve mais uma consulta. 
Durante a manhã estivemos a organizar as produções destes últimos tempos tão atribulados e depois um pequeno grupo entusiasmado quis dar continuidade ao que temos em cima da mesa dos projetos...

- Vamos continuar? - perguntou o JP - eu quero!
- Queres continuar o quê?
- A fazer aquilo...

- Aquilo o quê?
- Aquilo ali, a... (pensativo) a Magoada!
😂😂😂
- A Magoada???
- Já sei, ele quer dizer a Frida! - percebeu logo a D.
- Sim, a cabeçuda!

Pois, o JP não assistiu à conversa sobre a diferença entre FRIDA e FERIDA😇

O que é certo é que o interesse, a iniciativa e o entusiasmo estavam lá e sabia bem o que queria! Acompanhado pela CCos e pela B., depois de assistir a um vídeo que mostra como se faz o cabeçudo, todos deitaram mãos à cola e ao papel...
A nossa Frida (que afinal não está magoada) começou a ganhar feições!
Primeiro as sobrancelhas grandes, que são a sua imagem de marca, depois os olhos e a boca e, finalmente, o nariz...
- Mas este papel é tão fininho que se cola tudo! Temos de deixar secar antes de continuar...
E assim foi. A Frida ficou ao sol, de janela aberta, a arejar!

"A participação efetiva da criança no contexto requer poder de participação e está relacionada com encontrar ressonância das suas expectativas e interesses, a qual lhe permita sentir pertença, envolvimento, e não estranheza; está também relacionada com encontrar aceitação e comunicação que lhe permitam explorar, construir e não desistir perante dúvidas, problemas ou obstáculos (Kolb, 1984).

O envolvimento é concebido como uma qualidade da atividade humana, que é: 
a) reconhecido pela concentração e persistência; 
b) caraterizado pela motivação, atração e entrega à situação, abertura aos estímulos e intensidade da experiência (quer ao nível físico, quer ao nível cognitivo) e por uma profunda satisfação e energia;
c) determinado pelo impulso exploratório e pelo padrão individual de necessidades ao nível desenvolvimental; e,
d) indicador de que o desenvolvimento está a ter lugar (Laevers, 1994a).

O envolvimento não ocorre quando as atividades são demasiado fáceis ou demasiado exigentes.
Para haver envolvimento, a criança tem de funcionar no limite das suas capacidades, ou seja, na zona de desenvolvimento próximo (Vygotsky, 1995). 
Há dados que sugerem que uma criança envolvida está a ter uma experiência de aprendizagem profunda, motivada, intensa e duradoura (Laevers, 1994b)."

In: Formosinho & Araújo, 2004 "O envolvimento das crianças na aprendizagem: construindo o direito de participação"

A tarde foi passada no exterior... envolvidos na brincadeira ao ar livre!

Na próxima semana contamos voltar em pelo à nossa normalidade... xô covid!

Comentários