Uma Frida cabeçuda... à moda do Minho!

Logo pela manhã estivemos a contar a quem só hoje regressou (e já fomos 20), o que fizemos ontem... relembramos a Frida Kahlo e a pintura que fizemos como ela, deitados. No quadro comparamos a palavra FRIDA com a palavra FERIDA e vimos como eram coisas e palavras diferentes, tomando consciência da associação entre as letras e os sons que se faz através da escrita.

Observamos os nossos autorretratos e decidimos criar uma exposição das obras de arte sobre esta pintora. Sobre a mesa estava a sua "boneca", com uma cabeça um bocado maior do que o normal...
- É uma Frida cabeçuda!

Então a caixinha das surpresas abriu e trouxe lá dentro o que precisávamos para fazer uma Frida à moda do Minho
No Minho há romarias, como a da Senhora da Agonia, que incorporou há mais de 100 anos uma tradição, a dos cabeçudos, mas ninguém sabia como se faziam... então houve que deitar mãos à obra, porque a melhor forma de aprender é pela ação!
A E. e a L. foram encher a lata de pedrinhas, para ficar pesada e formar o pescoço e o R. conseguiu encher bem o balão, para formar a cabeça! Depois rasgamos papel às tirinhas e pedacinhos e usamos a cola branca para o colar no balão, depois deste estar preso à lata, para ficar bem seguro.
Metemos as mãos... na cola, diretamente, para que o papel cobrisse bem todo o balão. A primeira camada ficou então a secar... o tempo está bom para isso! Amanhã colocamos outra...
Entretanto, com a ajuda da Sara, quem não tinha ainda feito a sua pintura como Frida foi fazendo, aproveitando a cama ainda estar montada...
Houve quem não resistisse e fizesse batota... fazendo a pintura na posição sentada!
Entretanto nas áreas dávamos cumprimento aos nossos planos:
Houve Uaus! na área das ciências, explorando a caixa de luz e cor...
A pintura de dedos continua com adeptos, uns usam um pano húmido para limpar o dedo quando querem trocar de cor, mas o C. descobriu outra forma e comunicou isso mesmo:
- Eu vou usar outra estratégia!  Um dedo para cada cor!
A CCor. continua entusiasmada com um projeto individual que está a construir e a modelagem com plasticina também esteve animada. O envolvimento acontece sempre que damos às crianças a possibilidade de escolher e decidir os seus caminhos 💗.

A tarde, com o tempo agradável que se tem feito sentir depois de almoço, proporcionou muitas oportunidades de brincadeira ao ar livre, movimento, interação, risco/desafio, negociação, resolução de problemas, imaginação, autonomia... um sem número de competências que o brincar permite desenvolver!
A D. e a CCor. criaram a aldeia da Doutora Brinquedos...
- Sabes quem é? É uma médica que trata dos brinquedos quando eles estão vivos... mas isso é só quando os adultos não estão a ver!
E, como lá não chovia (quase como na realidade) a D. arranjou uma solução: fazer chuva artificial!
"O crescimento feliz começa com a brincadeira. Brincar é importante para o desenvolvimento mental, físico, emocional e social (...). Brincar ensina às crianças a moral social, o que está certo e errado em relação aos outros, é uma parte importante do desenvolvimento de competências sociais e de pontos de vista" (Sandahl, IB "Brincar à maneira dinamarquesa", p. 36-37).

As crianças precisam de liberdade e de tempo para brincar. Brincar não é um luxo, é uma necessidade.
Brincar e ser ativo é uma excelente forma de conquistar a imunidade! (Carlos Neto)

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