Uma situação-problema para resolver...

Para hoje estava prometida uma situação-problema que teríamos de resolver...

O pai foi buscar os seus 3 filhos à escola, mas lá encontrou 4 sobrinhos e 5 vizinhos que também precisavam de boleia para casa! Como o carro do pai só tem 5 lugares, quantas viagens teria ele de fazer para levar para casa todas as crianças?
Usamos materiais manipuláveis que escolhemos na sala, para representar a situação: legos para o carro e os seus lugares e bonecos de triagem para as pessoas; a quinta fez de escola e a casa foi representada pela torre do aeroporto das construções 😉 e depois simulamos as viagens, registando no quadro algumas hipóteses...
Mas então alguém se lembrou que a gasolina está cara e que devemos poupar nas viagens! 
Então quantas menos viagens o pai fizesse, melhor...
Passamos depois ao registo, que muitos quiseram fazer através da colagem (até quem tinha decidido desenhar😅)
O JM colocou umas rodas de marcadores no carro do pai, pois este realmente não as tinha 😀
O que é certo é que surgiram muitas formas de resolver (e de representar) diferentes, no número de viagens e no número de crianças transportadas de cada vez. 
Chegamos ao pormenor (importante!) de referir que:
- Não podem viajar crianças pequenas no banco da frente!
Para além de exercitarmos competências de motricidade fina ao colorir, recortar e colar com maior precisão, competências matemáticas ligadas ao sentido de número (memorização da sequência numérica, correspondência termo-a-termo, comparação de quantidades, ordenação dos numerais) foram também trabalhadas de forma lúdica e entusiasmante para todos os envolvidos.,

"Resolver e inventar problemas são duas formas facilitadoras do processo de apropriação e de integração das aprendizagens matemáticas. Dado que muitas crianças têm dificuldade em resolver problemas apresentados apenas oralmente, é importante que sejam apoiadas na representação das situações-problema utilizando objetos ou desenhos. Simultaneamente, essa dificuldade é condicionada pela estrutura do próprio problema, pois implica considerar não só a situação apresentada, mas também o que é desconhecido e se pretende determinar. Assim, a resolução de problemas é facilitada, não só pela sua concretização, mas também por a situação-problema ter significado para a criança, ao decorrer de uma situação ou projeto em que esteja envolvida. A disponibilidade e a utilização de materiais manipuláveis (colares de contas, cartões padronizados, tangram, material de cuisenaire, miras, puzzles, dominós, legos, etc.) são um apoio fundamental para a resolução de problemas e para a representação de conceitos matemáticos." (OCEPE, 75)

No tempo de atividades e projetos, os desenhos colaborativos (em que grandes e pequenos trabalham juntos, negoceiam e aprendem uns com os outros) inspiraram-se na Primavera pois, ao preenchermos o Quadro do Tempo, o calendário mostrou-nos que amanhã é sexta, depois no sábado é o Dia do Pai e no dia seguinte, Domingo, chega a Primavera, que surge assinalada com um passarinho🐤
E a verdade é que já vai dando sinais: a ameixoeira ao lado da nossa janela está coberta de pequenas flores e folhas e as nossas sementeiras de flores estão a começar a brotar 🌷🌼🌹

Não faltou o tempo ao ar livre, agora já sem poeiras...
Como todos aprendemos com todos, ao observar o ZP a brincar no recreio com um portátil feito por si, a ideia agradou... e foi replicada de outras formas!
- Vou fazer um portátil com esta caixa, mas preciso que me escrevas o alfabeto todo para fazer o teclado!
E assim, sem fichas, nem tarefas dirigidas, em atividades iniciadas pelas crianças, a abordagem ao código escrito faz-se com naturalidade e envolvimento...

"Não há hoje em dia crianças que não contactem com o código escrito e que, por isso, ao entrarem para a educação pré-escolar não tenham já algumas ideias sobre a escrita. Assim, há que tirar partido do que a criança já sabe, permitindo-lhe contactar e utilizar a leitura e a escrita com diferentes finalidades. Não se trata de uma introdução formal e “clássica”, mas de facilitar a emergência da linguagem escrita através do contacto e uso da leitura e da escrita, em situações reais e funcionais associadas ao quotidiano da criança. Esta abordagem situa-se numa perspetiva de literacia, enquanto competência global para o uso da linguagem escrita, que implica utilizar e saber para que serve a leitura e a escrita, mesmo sem saber ler e escrever formalmente." (OCEPE, 66)

O dia terminou em festa, com o aniversário da mais crescida do grupo dos médios, a C.Cos que completou hoje 5 anos! Todos juntos comemoramos com um bolo de faz-de-conta 😊
Entretanto, foram retomadas as obras na casa da árvore... isto agora vai 👏
Até amanhã!

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