Quarta, 26-04-23

Passado um dia após o feriado de 25 de abril, voltamos à escola e conversamos, tal como tínhamos combinado, sobre o que de tão importante aconteceu nesse dia. Tivemos a ajuda de dois cravos vermelhos, um grande e um pequenino que a nossa educadora fez em crochet e cuja PRÉ História nos ajudou a perceber as diferenças entre a Ditadura e a Democracia...

Conversamos sobre o que se pode fazer agora, com a Liberdade de escolha que nos trouxe a Democracia e o que não se podia fazer antes do 25 de abril, no tempo da Ditadura.

Essas conversas deram origem a um registo, elaborado pelos mais crescidos, onde associamos ambos os regimes a flores...

Fica a partilha daquilo que fizemos, também como forma de participação na iniciativa #naopodias, que decorre nas redes sociais.

Então surgiu um desafio para pensar: já sabemos que a Liberdade conquistada com o 25 de abril tem um símbolo - o cravo vermelho!

Então se a Ditadura fosse uma flor, qual seria?

Olhamos bem para as flores que temos na nossa coleção, pensamos e fizemos escolhas: 

- Houve quem escolhesse o bico-de-pato (estrelícia) - porque tem bicos, tem preto e é assim mais assustadora...

- Houve quem preferisse uma tulipa preta (estivemos a pesquisar na internet) - porque é uma flor mais escura e triste.

Mas, quando chegamos à segunda parte do desafio, encontrar uma flor para representar a Democracia, houve quem achasse que não era preciso escolher outra flor, porque o cravo vermelho servia 😍

Durante a manhã brincamos e fizemos os desenhos para o livro de aniversário do MV. 

Foi durante esse momento que foram captadas estas imagens: a escrita espontânea do nome para identificar a sua produção, feita por dois meninos de 3 anos 😊

E como nas conversas da manhã vieram à baila as armas (nomeadamente espingardas, que são como pistolas grandes, aquelas que não dispararam nenhuma bala no 25 de abril) e as prisões/cadeias, para onde vão as pessoas que se portam mal e para onde iam as que não concordavam com o Ditador... 

na hora das comunicações livres houve quem mostrasse a sua versão da prisão, usando as grades de um camião... e depois, com um grande sorriso, libertasse todos os presos (bonecos, animais e até carros!)

É um verdadeiro Viva à Liberdade!

Também a que nos permite brincar livremente, no exterior, todos os dias!

Como, com quê, com quem e onde escolhemos... somos nós quem decide.

Isso é Liberdade, mas implica responsabilidade.

Até amanhã!